Estou realmente estupefada de como um filme pode ser tão sutil e tão bom. Eu estou longe de ser crítica de cinema – ou, inclusive, ser levada a sério quando digo que um filme é bom – mas se eu fosse pedir para que você me ouça ao menos uma vez, peço-te agora.

Completando 40 anos, “2001…” é tão atual que me dar medo. Muito além da estética, que apresenta naves espaciais e efeitos visuais ainda mais tosco que Star Wars (mas com cenas primorosas, como o andar sem gravidade da aeromoça e o exercício físico dentro da Discovery), o filme é feito para aqueles que irão conseguir enxergar além do que os olhos nos mostram. E eu não me canso de repetir que os olhos nos cegam. E com apenas 40 minutos de diálogos, em um filme de 2 horas e 20 minutos de duração, e aonde 3 minutos de respiração é crucial, é difícil acreditar que ele não foi feito para pensar…

“Você está livre para especular como quiser sobre o sentido filosófico e alegórico do filme”. Estou especulando até agora. [1, 2]

Se você não viu nada de mais no filme, eu tenho a impressão de que você não entendeu nada…