Estou realmente estupefada de como um filme pode ser tão sutil e tão bom. Eu estou longe de ser crítica de cinema – ou, inclusive, ser levada a sério quando digo que um filme é bom – mas se eu fosse pedir para que você me ouça ao menos uma vez, peço-te agora.
Completando 40 anos, “2001…” é tão atual que me dar medo. Muito além da estética, que apresenta naves espaciais e efeitos visuais ainda mais tosco que Star Wars (mas com cenas primorosas, como o andar sem gravidade da aeromoça e o exercício físico dentro da Discovery), o filme é feito para aqueles que irão conseguir enxergar além do que os olhos nos mostram. E eu não me canso de repetir que os olhos nos cegam. E com apenas 40 minutos de diálogos, em um filme de 2 horas e 20 minutos de duração, e aonde 3 minutos de respiração é crucial, é difícil acreditar que ele não foi feito para pensar…
“Você está livre para especular como quiser sobre o sentido filosófico e alegórico do filme”. Estou especulando até agora. [1, 2]
Se você não viu nada de mais no filme, eu tenho a impressão de que você não entendeu nada…
Junho 17, 2008 at 11:30 am
Pefeito! 2001 é isso tudo e mais um pouco. Uma obra que nos faz refletir, cada um de sua maneira.
Com esse filme Kubrick fez até a igreja refletir sobre a existência. Depois da polêmica que envolveu o filme Lolita, o alto escalão da igreja publicou notas elogiando a obra.
Junho 25, 2008 at 7:31 pm
Nousssa Senhora, deu ate vontade de ir alugar…
Beijos
Julho 9, 2008 at 3:38 am
Como brilhantemente disse Tom Zé uma vez: “me sinto entre o osso lançado ao ar e a estação orbital”.
=)
Vivemos neste hiato, sem saber ao certo que destino traçamos. Aposto que algo muito mais semelhante a Wall-E.
Chorei vendo, por sinal.
^^
Julho 9, 2008 at 3:41 am
Pra falar a verdade, enxergo muito de “2001” em Wall-E. Mas a obra do Kubrik é, de longe, mais profunda.
E sempre acho que tem um HAL 9000 me vigiando na Gazeta.
heheheheh
XD
Julho 9, 2008 at 1:32 pm
Eu tenho um pequeno grupo de discussão com um amigo só (grande grupo: coeso e inteligente) sobre as inúmeras teorias e viagens que lemos e criamos juntos.
Ainda não assisti Wall.e porque eu cansei de ser sexy e decidi estudar.
Se tivermos tempo um dia, eu explico porque eu acredito que o Hal é um modelo quase panóptico que o Foucault fala tanto em suas obras. Você vai gostar disso…
Julho 9, 2008 at 2:53 pm
É bom ler você escrevendo “um amigo”.
=)
Creio que o George Orwell influenciou muito o Kubrik na criação do HAL. 1984 lembra em algumas coisas o 2001. Até mesmo no nome das obras.
E nem faço idéia do que o Foucault falava em suas obras.
hehehehehe
XD
Julho 13, 2008 at 5:26 pm
Laís, eu assisti a este filme somente uma vez e dormi no meio dele! Sei a importância que este clássico possui para a história do cinema e preciso revê-lo urgentemente, até mesmo porque opiniões como a sua são uma constante em relação ao longa do Kubrick!
Julho 13, 2008 at 7:28 pm
Kamila,
eu compreendo muito bem que, dependo do humor e do cansaço, ver “2001…” é demasiado complicado. 🙂
Mas tente outra vez, tenho certeza que é impossível se arrepender.